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sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

A igreja não faz missão, igreja é missão!

Esta é uma afirmação de muitos missiólogos tais como Leslie Newbigin e outros, também é importante lembrar que: “Ser um seguidor genuíno de Jesus Cristo é dedicar tudo no fazer  e multiplicar discípulos Dele”. Sendo assim quero compartilhar esta experiência contigo:


Ao escutar a história de um querido líder de uma igreja pude me emocionar com seu zelo, esforço e trabalho em manter as coisas funcionando, como as programações tomavam seu tempo, e mesmo assim a igreja encolhia, me identifiquei com ele em alguns momentos do meu ministério pessoal, só o encorajei a não desistir e orei. 


Mas fiquei com isso em meu coração e cheguei a conclusão de que: “De quem mais se espera, muitas vezes são os que menos tem a oferecer”. Ou seja pastores e líderes de várias denominações do Brasil, são homens de Deus e com ótimas intenções, mas tem se consumido na programação rotineira da igreja e esquecendo de fazer e multiplicar discípulos de Cristo. 


Não por mal, mas simplesmente por ser engolido pela rotina. Não estou contra as programações e eventos, mas eles precisam gerar e multiplicar discípulos de Cristo. Inclusive as mega igrejas americanas que venderam centenas de livros de modelos de igreja no Brasil chegaram a conclusão de que seus cultos “sensíveis aos visitantes”  já não tinham mais nem oração para não incomodar visitantes, estavam gerando simpatizantes da igreja e não discípulos de Cristo, transformados por Deus.


Não os condeno, pois realinharam e voltaram a raiz, e também por que quantas vezes somos tentados a fazermos coisas por que dá certo e não por que são o certo para uma igreja ser plantada ou crescer. Ou simplesmente fazemos por que sempre foi assim, e está no calendário e tal programação precisa acontecer, mas ao final, sabemos, novos discípulos não foram gerados, nem multiplicaram-se.


Pastor Samuel Vieira (CTPI) diz:


Revitalizar as nossas igrejas é a nossa constante preocupação como pastores e líderes. Mas muitas vezes nossos líderes é que precisam ser revitalizados. E mais, nós mesmos precisamos ser revitalizados! Afinal, estamos em um cenário de desânimo crescente! Somado a isto, uma pesquisa afirma que a maioria das igrejas brasileiras atingiram seu platô e estagnaram ou estão em declínio. É nesse cenário que vamos falar de revitalização da vida! 


Fazer discípulos é o dever de todo cristão genuíno, e a liderança deve estar vivendo isso antes de todos, discipulado! Por isso repito que às vezes:  “De quem mais se espera, muitas vezes são os que menos tem a oferecer”. Muitos de nossos líderes não estão caminhando em discipulado, não estão sendo discipulados e não estão discipulando ninguém. Assim, em uma tentativa desesperada, aceleram as programações na tentativa de não perderem membros para igreja da moda que chegou na cidade, até a exaustão e o burnout (colapso).


Saia dessa doideira da concorrência! Que nossas igrejas e nossos plantios sejam sensíveis, contextualizados, que fazem uma leitura da sua cultura local, entendam as perguntas da alma de seu povo e respondam a partir das Escrituras com a salvação transformadora de Jesus! 


Sei que a pergunta que está na tua mente é: Ok! Como faço discípulos?! 
Para responder isso precisamos considerar este texto bíblico:


“Portanto, vão a todos os povos do mundo e façam que sejam meus seguidores, batizando esses seguidores em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a obedecer a tudo o que eu tenho mandado”. Mateus 28. 19-20


Aqui sabemos que precisamos “ir” a fazer discípulos, ou seja, é um momento, uma decisão intencional que iniciamos, não é algo diluído, mas posicional, precisamos decidir e começar a fazer discípulos até o fim, até termos condições.


Estes seguidores serão de Cristo e não meus seguidores pessoais, com a capacidade de abrir mão das preferências pessoais para alcançar pessoas com o evangelho transformador.


O batismo não é uma opção mas uma ordenança, uma declaração pública do que aconteceu dentro do discípulo, uma proclamação física e espiritual de que, se morre para a vida de pecados e agora se vive para Cristo. Tudo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.


Na sequência o ensino do evangelho, das maravilhas registradas nas Escrituras que Jesus nos ensinou, não um ensino meramente cognitivo, mas que gera obediência, ainda que lenta e gradativa, o discípulo obedece ao Senhor e se esforça para isso.


Ok! Falamos sobre o que envolve o discipulado, mas não exatamente o como?


O “como” depende de ti e das pessoas que te cercam, o que não poderá faltar está acima, agora se será em grupo, se será individual, semanal, quinzenal, enquanto trabalham juntos, no ônibus, na faculdade, em casa, com chimarrão ou tapioca, isso Deus deixou flexível, pois o evangelho é supracultural, está acima de todas as culturas.


Por isso a Secretaria de Plantação de Igrejas, que é a área da CIELB para o plantio e multiplicação de igrejas jamais será uma programação a mais para cansar líderes, uma máquina, um modelo, uma franqueadora de modelos, ou um pacote normativo para isso, nossa essência é organicamente fazer e multiplicar discípulos de Jesus, e assim mobilizar igrejas nesta missão. Da reunião e multiplicação dos discípulos surgirão igrejas.


Todos nossos esforços estão focados em ver novas comunidades de discípulos de Cristo surgindo e daí naturalmente igrejas sendo plantadas.  

Lucas Gomes
É Missionário da SPI, Catalizador de movimentos, está desenvolvendo o projeto Missio-Dei e envolvido com projetos estratégicos dentro da CIELB

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